[Ficha] - Ideo

De um modo geral, Daemon Zephyr é uma pessoa igual a muitas outras espalhadas pelo mundo, portando uma certa quantidade de defeitos e algumas qualidades como qualquer outro ser humano. No entanto, existe uma característica que diferencia este jovem de todos os outros, a sua enorme falta de presença, a personalidade de Daemon é tão fraca que muitas das vezes torna-se insignificante ao ponto de nem se reparar que ele está presente no meio de uma conversa em grupo ou de se cruzar com ele na rua e não ser notado. Juntando isto a sua maneira de ser sarcástica e preguiçosa, apenas fazem dele mais uma entidade comum e insignificante aos olhos da sociedade. A preguiça de Daemon apesar de ser mais um dos seus pontos negativos, é sem dúvida nenhuma um dos factores dominantes da sua personalidade simplesmente pelo facto de que parece ser  uma combinação de fatalidade e apatia. Desde pequeno Daemon sempre teve a fantasia ou impressão de que o mundo não passava de um jogo, com um conjunto de caminhos e escolhas pré-fabricadas para atribuir uma falsa sensação de progresso, embora ele sugere que é apenas uma desculpa esfarrapada por ser preguiçoso, o que é improvável.

Com aproximadamente 1,82 metros de altura e cerca de 73 Quilogramas, Daemon é um jovem adolescente de cabelos pretos e espetados de forma irregular e aleatória, um penteado semelhante a alguém que acabou de sair da cama. Os seus olhos são prateados e reluzentes como prata, a sua pele e pálida e esbranquiçada devido ao seu local de origem frio e tenebroso. O seu vestuário é constituído por um par de botas pretas com uma sola de borracha e pequenos metálicos a volta dos atacadores, um par de calças pretas de tecido resistente tanto ao calor e ao frio, uma camisola vermelha com um pequeno bolso junto ao peitoral e um blazer preto de tecido reforçado e com revestimento de pelo branco junto ao pescoço. A única coisa que provavelmente chamaria a atenção é um medalhão de titânio moldado com algo semelhante ao de uma face de um rei de copas (uma carta popular de um baralho), apesar de não ter nenhum valor monetário e de muitas vezes ser confundido por um pedaço de metal aleatório, possui um enorme valor sentimental para Daemon.

O passado de Daemon é igual ao de muitos contados antes, nascido e criado na fria e humilde cidade de Southgard com a sua mãe e o seu pai sem muitos
desavenças ou passados trágicos. Ela era uma humilde médica numa pequena instalação que oferecia cuidados médicos a cidade e ele era um infame caçador repleto de fama e gloria pelas suas presas, havia também um suposto "tio" que o jovem tinha, ele era um estereotipo ex-soldado que eram facilmente reconhecidos a entrada de um café ou taverna e normalmente rodeado de mulheres apesar de nunca casar. Ele era um amigo da família que apesar de não ter nenhum laço sanguíneo com a mesma sempre esteve presente para ajudar e cuidar do jovem quando os seus pais não podiam  faze-lo, ironicamente foi ele que ensinou ao jovem como manusear uma espada em combate apesar de o mesmo não ter muita habilidade de o fazer devido ao seu físico e idade.

Desde pequeno o jovem sempre aspirou em ser como seu pai e sempre tentou acompanha-lo durante as suas jornadas no entanto devido a falta de experiência e a sua idade, Daemon era muitas vezes deixado para trás sozinho em casa ou com seu suposto "tio" sem nada para fazer uma vez que a sua mãe estava sempre ocupada com assuntos médicos e seu pai preferia andar em cafés e tavernas a vangloriar-se devido a sua fama do que a passar tempo com a sua família. Quando atingiu os treze anos de idade o seu pai partiu da cidade em busca de uma nova presa, um grande e luxuoso troféu com que se pudesse reformar dos seus dias de caçador e viver o resto da sua vida com o dinheiro da recompensa e apesar de muito esforço o jovem foi incapaz de acompanhar o seu pai na sua infame jornada, porém isso não o impediu de tentar, saindo pela janela do quarto a meio da noite com uma simples mochila e seguindo o que julgava ser pegadas Daemon acabou por se perder na neve e momentos antes de colapsar, foi resgatado por um bestial lupino que apesar de não ser fã de humanos teve a gentileza de ajuda-lo.

Daemon ficou uma semana fora de casa visto que uma tempestade de neve chegou ao local impedindo uma navegação segura, ironicamente aquela circunstância fazia-lhe lembrar de uma história que tinha lido nos seus tempos livres sobre uma garota que se tinha perdido na montanha e ursos adoptaram-lhe como um membro da sua família, por semanas a garoto teve dificuldade a adaptar mas independentemente das dificuldades os ursos faziam-lhe sentir-lhe como um  membro da família. Mas quando infelizmente os pais da garota a encontraram, o pai matou os ursos pois pensou que a tinham raptado mas durante o progresso acabou gravemente ferido e acabou por morrer nos braços da filha. A história de Daemon foi semelhante porém diferente, quando a tempestade acalmou o bestial ofereceu-se para ajudar o jovem a voltar para junto dos seus mas durante o caminho foi intersectado pelo seu pai e outros caçadores. Um pequeno combate iniciou-se pois os caçadores estavam frustrados com a falha na caça devido a tempestade e o bestial mostrava-se furioso ao saber que humanos preferiam ir a caça em vez de cuidar dos seus. O combate terminou com o seu pai perdendo um olho, um dos soldados perdendo um braço e com o lobo fugindo entre a neve encharcado em sangue, sentindo-se culpado pelo acontecimento Daemon pelo simples facto de não ter força suficiente para impedir, o moço começou a tomar mais a sério as "mini-aulas" de combate que  seu tio lhe proporcionava na esperança de não ter de passar pelo mesmo de novo.

Talvez por uma questão de convivência ou por ouvir várias histórias de guerra sobre como o seu tio quase morreu inúmeras vezes, Daemon fundamentou a ideia de que este mundo era apenas um conjunto de acções pré-destinadas com resultados programados e a ideia de escolha era apenas uma ilusão, uma mentalidade ortodoxa mas que lhe ajudava a encarar e explicar o mundo. A nível das suas habilidades estas foram algo que o jovem nunca exibiu muito, ele usava e praticava-as sempre que estava sozinho mas nunca de uma forma intensa e mais por uma questão de divertimento, especialmente porque ar era algo imperceptível e óptimo para pegar partidas em pessoas menos atentas. Quando finalmente decidiu sair de uma forma independente, o seu tio ofereceu-lhe uma espada longa, uma das armas antigas que tinha guardado dos seus tempos de combate e colocou a volta do seu pescoço um medalhão meio estranho que era para ele um símbolo de boa sorte. No entanto o medalhão não foi um presente mas sim um empréstimo, algo que Daemon teria que devolver quando achasse que não era necessário visto que apesar de velho era uma das únicas lembranças da sua vida e os melhores momentos dela, o jovem andou com o mesmo uma semana e quando finalmente decidiu devolve-lo descobriu que o seu tinha partido, não por obrigação ou por motivos misteriosos mais em busca de uma vida melhor visto que o último motivo que tinha para ficar naquela cidade já não precisava mais dele. Depois de ouvir essas informações, Daemon decidiu tornar a sua exploração global, agora o objectivo de Daemon é basicamente explorar o mundo e devolver aquele token ao seu respectivo dono.